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O Marketing da Nova Geração

É de bom tom ou não é de bom tom?

Por Pietra di Paula - Redatora e Social Media
14/03/2024 - Uberlândia, MG

Este artigo vai focar na comunicação despojada das empresas B2C, ou seja, não recomendamos para empresas B2B.

O Marketing da nova geração, já não é tão novo assim, mas como todas as estratégias, demorou para ser consolidado no mercado e só agora mais empresas estão colhendo os frutos dessa fórmula.

E qual é a nova fórmula?

É nada mais nada menos que uma estratégia de branding MUITO bem executada, principalmente na comunicação. Quando o Branding é realmente levado a sério pelas empresas, ele consegue melhorar a performance da empresa em todos os aspectos. Isso porque você conhece seu público a fundo, e sua dor também, a partir disso é fácil saber como deve aborda-lo, como deve se comportar e quais valores sua empresa deveria ter. Quando o Branding é realmente bem feito até sua equipe tem um padrão de comportamento e escolhas que ressoam com a personalidade do seu público.

E porque é chamado de Marketing da nova geração?

Simplesmente pela abordagem. As empresas que hoje são mais populares sabem como executar isso perfeitamente, sua equipe de marketing (os famosos estagiários) tem uma liberdade absurda pra falar com seus clientes com a personalidade de fato da empresa. O branding dessas Marcas são tão bem executados que elas podem usufruir de abordagens completamente fora do padrão e informais, massificando seu conteúdo. Em algumas vezes é até recomendado que a empresa seja áspera com seu cliente de acordo com o contexto.

Daqui tiramos a maior lição: A principal característica do Marketing da nova geração é a autenticidade. Essa palavra já está perdendo o valor do tanto que empresas estão utilizando em suas descrições, sem exercer essa autenticidade de fato. Porém o ideal é a marca ser tão autentica que se parece com uma pessoa real. E algumas empresas levaram isso a outro patamar.

Aquela constatação: “Pessoas compram de pessoas e não de marcas”, nunca foi tão real. Quanto mais autentica sua marca for, mais ela cria uma identidade e mais facilmente ela consegue afinidade, empatia e carinho do seu público. Sensações que, claro, toda marca quer causar em seus clientes. 

Óbvio que quanto mais perto de se parecer uma pessoa, mais chances também de uma parcela da população não se identificar com sua mensagem. Mas o importante é que seu público se identifique, que você o atinja em cheio. Afinal é impossível agradar a todos.

Um exemplo de empresa que executa essa estratégia brilhantemente é a nossa querida Netflix.

Ela é uma empresa que você consegue descrever e imaginar a personalidade, é quase como se ela fosse sua amiga, inclusive ela se dá essa intimidade, como se fosse amiga de todos os seus clientes. Logo, ela tem também a liberdade para responder como tal. O que se provou uma estratégia muito eficiente pois a plataforma de assinaturas é a mais amada do Brasil e ocupa a terceira colocação quando falamos em um ranking mundial. E isso é traduzido em números estarrecedores:

  • mais de 109 milhões de assinantes;
  • 1 bilhão de horas de consumo de vídeos por semana;
  • 40 milhões de seguidores no Facebook;
  • quase 4 milhões de seguidores apenas no X americano;
  • quase 2,5 milhões de inscritos no canal no YouTube.

Todo esse valor agregado faz com que a empresa seja avaliada, aproximadamente, em 60 bilhões de dólares. Nada mal para uma empresa que tem apenas 10 anos fornecendo o serviço de streaming.

Mas atenção, é preciso tomar cuidado com qual plataforma irá utilizar para divulgar sua campanha, pois você pode acabar atingindo um público que não se identifica com a sua mensagem. Esse foi o erro cometido pelo Burguer King.

Contextualizando, estou falando sobre a campanha do Burger King feita com o ator Kid Bengala, lançada na quarta-feira (14), logo após o Carnaval, a campanha que tinha como proposta divulgar a promoção do sanduíche Whopper, recebeu uma onda de críticas nas redes sociais, que levaram a marca, um dia depois, a deletar o vídeo de seus perfis.

Como justificativa, o Burger King disse, em comunicado, que a ideia da campanha, chamada de “Exagero”, era trazer trocadilhos que tinham, como objetivo, entreter seu público. E reforçou, ainda, que esse público é majoritariamente maior de 18 anos. O que foi considerado por uma parcela do público como uma campanha de mal gosto e a marca optou por remover a campanha.

Enquanto a brincadeira era nas redes sociais, tudo correu bem. Assim que foi levada para outras plataformas, atingindo um público diferente, com outra idade e outra visão, a campanha gerou polêmica. Foi assim que os limites da comunicação informal foram finalmente estabelecidos dentro desse novo Marketing. 

É de bom tom utilizar essa estratégia de comunicação? Sim, mas somente nas plataformas que te permitam ter esse tom de informalidade. Ex: Tiktok, X, Instagram e etc. Se a sua campanha for atingir um público muito maior, é melhor evitar assuntos polêmicos. Por mais engraçada que seja, o Brasil não está preparado para isto.

E você, o que acha do Marketing da nova geração?

Pietra di Paula

Redatora e Social Media

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